Falando sobre Capas

Eis uma frase velhíssima. É uma frase global. "Nunca julgue um livro pela capa". Quem nunca ouviu isso? Seja de forma literal, seja posta numa metáfora. Mas eu não vou falar da metáfora que ela pode ser posta, vamos falar literalmente!

De uma forma geral, eu concordo com ela. Contudo, eu não vivo inteiramente sob ela. Aqui mesmo no blog eu não conto a capa ao dar a nota ao livro, mas também não fico sem falar dela, afinal uma boa capa num livro que enche os olhos, que faz com corramos para vê-lo melhor (seja online, seja numa livraria), é bem legal, né?!

Seja ela bonita e chamativa como as feitas pelo ilustrador John Rocco (sou meio que fã dele) que fez quase todos (senão todas) as capas dos livros das três sagas de Rick Riordan (Percy Jackson e os Olimpianos, Os Heróis do Olimpo e As Crônicas dos Kane), essas são algumas das capas mais belas para mim.
A saga Os Instrumentos Mortais também é daquelas que chama a atenção logo pelo seu brilho.

 Mas também tem aquelas capas que nem sempre chamam tanto o olho, mas são inteligentes. Nesse departamento tenho de bater palmas para as capas da saga Crepúsculo, qualquer problema que você possa ter com  a saga, você tem de admitir que as capas demostram muito bem a trama de cada livro, nas metáforas que elas representam.

É claro que há muito mais num livro que sua capa, mas não podemos mentir, beleza atraí e, é, o que importa é o conteúdo, mas isso não muda que o que vemos primeiro é o que está ali na cara. Sem dúvida há livros ruins por aí com uma bela capa, tem até uma frase que fala assim: "Não julgue um livro pela capa, o designer pode ser melhor que o escritor". Assim como há livros muito bons que mereciam uma capa melhor. Entretanto, é realmente excelente quando esses dois decidem trabalhar juntos.

Acho que é por isso que me irrita tanto livros com capas de filme (Ainda bem que Harry Potter não pegou essa fase), porque às vezes existem algumas artes muito boas que são substituídas por atores, por algo que já é capa - do filme. Numa jogada puramente comercial, o problema é que muitos fãs criam a imagem do seu herói, e com um ator na capa, cria uma estranheza. Admito que muitas vezes eu parabenizo a seleção de atores para certas adaptações (muitas vezes é até a única coisa que elogio) mas nem sempre é o caso e mesmo quando a seleção é boa, eu acho que não deviam misturar os dois. Mesmo um filme sendo baseado no livro, são duas coisas muito diferentes. É claro, que, nesse caso também há exceções - As Vantagens de Ser Invisível por exemplo, gosto de ambas as capas -, contudo já o  Eu Sou o Nº 4  eu não gosto daquele ator (acho ele meio velho para ser o Quatro) e infelizmente tenho com a capa do filme porque quando eu comprei ainda não haviam lançado com a capa original que, pessoalmente, acho muito bonita e não vou ter - não compro um livro que já tenho só por causa da capa exceto se for para algo muito especial. E além de ser uma capa que não gosto tanto, ainda fica diferente da do resto da saga.

Adoro um livro com uma bela capa. Gosto de ver suas versões - e apoio que as façam, mas não mexam nas de John  Rocco! rs - pelo mundo. Nesse quesito de um livro/filme, eu acho que, para ainda ter o apelo comercial que o filme gera, acho que todas as editoras deveriam imitar o que foi feito com Sangue Quente, onde em vez deles colocarem a capa do filme, eles colocaram um folheto em volta do livro, totalmente removível e ainda assim bem bonito. Apesar de eu crer que a editora Leya só fez isso por causa do nome ridículo que foi posto no filme aqui no Brasil, acho que é uma ideia que realmente deveriam aderir.

Então para quem diz "Nunca julgue um livro pela capa" eu digo "Bitch, please..."

Para mim, livros são mais do que um entretenimento, mais do que uma fonte de conhecimento e mudança. Livros também são ornamentos que embelezam um lugar. Algumas pessoas acham bonito pendurar pinturas nas paredes, eu prefiro ter estante cheias de livros. E para isso, nada melhor do que o livro ter uma boa capa - de preferência que tenha haver com ele e não num filme inspirado.