Assassinato no Expresso do Oriente - Agatha Christie

―; o impossível não pode ter acontecido. Consequentemente, o impossível é possível, a despeito das aparências.

E eis minha primeira experiência com Agatha Christie

Título Original: Murder on the Orient Express
Título: Assassinato no Expresso do Oriente
Subtítulo: --
Saga: -- Hercule Poirot
Autor(a): Agatha Christie
Editora: Nova Fronteira
Páginas: 223
Sinopse:

Pouco depois da meia-noite, uma tempestade de neve pára o Expresso do Oriente nos trilhos. O luxuoso trem está surpreendentemente cheio para essa época do ano. Mas, na manhã seguinte, há um passageiro a menos. Uma americano é encontrado morto em sua cabina, com doze facadas, e a porta estava trancada por dentro. Pistas falsas são colocadas no caminho de Hercule Poirot para tentar mantê-lo fora de cena, mas, num dramático desenlace, ele apresenta não uma, mas duas soluções para o crime.

Sempre tive curiosidade de ler Agatha, afinal ela tem um grande nome. Então quando vi o box com três livros dela (todos os três com o personagem Hercule Poirot) por um bom preço nas lojas americanas, naturalmente corri para comprar (ou, mais especificamente, implorei minha mãe, rs). E um desses livros foi o Assassinato no Expresso do Oriente, livro esse que um colega de escola havia lido e falado bem, naturalmente comecei por esse.

E o que dizer do livro? Eu esperava mais. Bem mais.

Pelo ponto positivo, Agatha de fato nos apresenta um caso curioso, intricado e que nos parece sem solução, ao mesmo tempo que nos mostra as pistas que há.

― (...) madrugada, tudo calmo, a coisa pareceu sinistra. Um contra-senso na verdade.

O livro tem, em minha opinião, dois grandes problemas. O primeiro: Os vários personagens são complicados de acompanhar. São muitos, terminei a última página do livro ainda sem conseguir ligar todos os personagens a pessoa. O maior problema nesse quesito é o fato dos personagens terem nos sido apresentados quase todos de uma vez e sem mostrar a importância deles e quando fica claro que todos e qualquer um deles não poderia ter feito aquilo, você se vê voltando no livro tentando reaprender as características dos personagens que foi jogado em cima de você em um momento monótono.

De fato, seu inicio é bem chato, é apenas descrições e mais descrições uma em cima da outra(e por isso sem conseguir fazer com que realmente aprendamos elas)

O segundo grande problema foi a resolução do caso. Fiquei com o livro até o último minuto pois, apesar dos pesares, queria saber como foi feito. É um caso, como já disse, bastante curioso, e que nos é deixado claro através das pistas e dos testemunhos que nenhum dos passageiros poderia ter feito, o que acaba tornando que todos eles pudessem ter feito. Então, não é de admirar que apenas isso já foi suficiente para me fazer ler tudo, mas no fim, tudo me pareceu muito fácil. Uma resolução muito simples, muito irrealística, muito... decepcionante.

― (...) E, como a natureza humana é perversa, faço-lhe perguntas inteiramente diversas. Pergunto o que sente, o que pensa. 

O livro tem um ritmo bastante regular. Ele todo é a mesma coisa. Uma civilizada conversa sentada. Não há adrenalina, não há drama. Não há nada exceto um caso que, sim, me fez bater a cabeça, mas que no final das contas... não valeu a pena. Pegaram o caminho fácil demais, tão fácil que ninguém poderia imaginar de tão... sem graça que foi.

Irei ler os dois outros livros de Aghata com Poirot que comprei, mas honestamente, não espero mais tanto assim da "Rainha do Crime".

Nota 2/5

• Não vi nenhum erro de português, mas ainda assim há grandes partes do livro sem parágrafo  algo meio estranho. Claro que pode ser por causa da parte da narrativa que estava, ainda assim dá um ar meio ruim.
• Não gostei muito da capa. A foto de fundo me parece mais um navio do que um trem. E acho que o nome da autora está meio estranho, parece que fizeram numa especie de assinatura, mas eu não gostei do resultado.
• Devo dizer que não curti essa edição. As páginas são ruins de virar (parecem coladas), na primeira leitura a capa entortou (a ponto de não fechar mais) e toda vez que o tinha em mãos, ficava com a impressão de que as folhas iriam cair a qualquer instante.