O Diário de Suzana para Nicolas - James Patterson

Imagine que a vida seja uma brincadeira em que você fica fazendo malabarismo com cinco bolas. As bolas se chamam trabalho, família, saúde, amigos e integridade. Você está mantendo todas as bolas no ar e um dia finalmente se dá conta de que o trabalho é uma bola de borracha. Se você a deixar cair, ela vai pular de volta. As outras quatro bolas (...) são feitas de vidro. Se você deixar cair alguma, ela vai ficar arranhada ou lascada ou vai se quebrar de vez. 

Ao terminar A Marca de Atena tudo que eu queria era um draminha leve e bobo, por isso decidi ler o tão pequeno O Diário de Suzana para Nicolas. Caramba, eu não podia tá mais errada.

Título Original:Suzanne's Diary for Nicholas
Título: O Diário de Suzana para Nicolas
Subtítulo: Duas mulheres, o amor pelo mesmo homem e as revelações que unem seus destinos
Saga:--
Autor(a): James Patterson
Editora: Arqueiro
Páginas: 223
Sinopse:

Depois de quase um ano juntos, o poeta Matt Harrison acaba de romper com Katie Wilkinson. A jovem editora, que não tinha qualquer dúvida quanto ao amor que os unia, não consegue entender como um relacionamento tão perfeito pôde acabar tão de repente. Mas tudo está prestes a ser explicado. No dia seguinte ao rompimento, Katie encontra um pacote deixado por Matt na porta de sua casa. Dentro dele, um pequeno volume encadernado traz na capa cinco palavras, escritas com uma caligrafia que ela não reconhece: “Diário de Suzana para Nicolas”. Ao folhear aquelas páginas, Katie logo descobre que Suzana é uma jovem médica que, depois de sofrer um infarto, decidiu deixar para trás a correria de Boston e se mudar para um chalé na pacata ilha de Martha’s Vineyard. Foi lá que conheceu Matt. E lá nasceu o filho deles, Nicolas. Por que Matt teria lhe deixado aquele diário? Agora, confusa e sofrendo pelo fim do relacionamento, é nas palavras de outra mulher que Katie buscará as respostas para sua vida. O diário de Suzana para Nicolas é uma história de amor que se constrói ao virar de cada página. Cada revelação é mais uma nuance sobre seus personagens. Cada descoberta é um fio a mais a ligar vidas que o destino entrelaçou.

O livro é no incio bem leve, contudo, não é um "draminha", conforme vamos nos aprofundando na história, ele vai ficando mais tocante, mais profundo.

É engraçado que o livro em si não acontece muita coisa diretamente. No sentido de que, pelo diário, lemos de fato uma vida, um dia-á-dia, contudo isso não é negativo. Nós nos apaixonamos por aquela histórinha tão simples.

Nós acompanhamos no livro tanto a Katie quanto a Suzana, todos os capítulos são muito curtinhos, dando a ideia de um diário mesmo.

Sentia-se cansada (...), mas também viva de novo, rejuvenescida. Enfim, estava melhor. Acreditava nos pequenos milagres de todos os dias. Tinha esperança. Sabia que havia finais felizes na vida real. 

É raro eu gostar de todos os personagens, mas virei fã de Suzana, gostei muito de Katie apesar de discordar de algumas coisas dela (mas, ei, ela estava sofrendo) e até mesmo Matt, cujo meus instintos me diziam que era perfeito demais e que não deveria confiar, até mesmo ele fez com que eu me apaixonasse.

Boas lembranças são como talismãs (...). Cada uma delas é especial. Você as coleciona, uma a uma, até que um dia olha para trás e descobre que elas formam um longo cordão colorido. 

É um livro muito bonito e muito triste. Acho que 30% dele li sorrindo, 30% com lágrimas nos olhos, o resto fazendo ambos. E seu final... Honestamente eu não sei o que esperava, eu sabia por causa da linha do tempo que não importasse o que fosse, não teria como ser perfeito. Para alguém, algum dos personagens, seria triste. Ainda assim eu não estava preparada pelo que Patterson joga na gente.

Acho que foi o livro que mais chorei, eu parava por um segundo e então uma frase fazia recomeçar. Em certos momentos prometi nunca mais ler nenhum livro do autor, bati no meu travesseiro e acho que nunca xinguei tanto um escritor desde que li Cidade dos Ossos da Cassandra Clare.

(...) ela fez com que eu me desse conta, mais do que nunca, de quanto somos vulneráveis, de como viver pode ser igual a andar na corda bamba: um passo em falso e caímos. 

Ainda assim, e até por isso, foi uma história que amei, super simples, mas maravilhosa. Patterson, apesar do que eu disse nos momentos de raiva e tristeza, é um grande autor, só havia lido um outro livro dele antes (O Dia da Caça) que também é excelente (apesar de não poder ser mais diferente) e sem dúvida irei atrás de mais dele. Afinal, O Diário de Suzana para Nicolas, agora é um dos meus favoritos.

Nota 5/5 + FAVORITO!

• Não achei nenhum erro de português. Pelo menos nada chamativo demais. Parabéns, Arqueiro!
• Achei a Capa muito bonita. Ela tanto vendo quanto no tato dá a impressão de ser uma foto nas nossas mãos e o que ela retrata cabe bem em vários momentos do livro.

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