A Menina que Roubava Livros

Como desesperar seus pais em um passo simples.

Título Nacional: A Menina que Roubava Livros
Título Original: The Book Thief
Lançamento: 31 de janeiro de 2014
Dirigido:Brian Percival
Com:Geoffrey Rush, Emily Watson, Sophie Nélisse ,…
Gênero:Drama
Nacionalidade:EUA , Alemanha
Duração:2h11min
Trailer:

A Menina que Roubava livros se passa na Alemanha, na segunda guerra mundial e conta a história de Liesel,   uma menina que perdeu toda sua antiga vida e passa a morar com Hans e Rosa, dois alemães que a adotam. Em sua nova vida ela conhece Rudy, um garoto que sempre tenta lhe tirar um beijo, Max, um judeu que sua familia esconde no porão e que se torna um de seus melhores amigos. Além do outros personagens, a história é contada, em certos pontos, pela própria Morte.

Devo dizer que quando ouvi falar do filme pela primeira vez não me animei tanto (tento não ser, mas sei que sou meio que uma hater de adaptações, salvo algumas exceções) mas depois de ver o trailer que me fez chorar, soube que tinha de ir ver e fui. E agora corro risco de desidratação.

Antes de mais nada, devo dizer que pensei em não postar essa resenha depois de escrevê-la porque me pareceu muito parcial. Claro, é um blog de resenhas pessoais, ainda assim duvido que as pessoas que verem o filme entenderão tudo que quis dizer aqui porque nem todas terão a relação que eu tenho com o livro. De qualquer forma resolvi postar e deixar vocês avisados.

Tem muito tempo desde que reli pela última vez, queria ter relido antes de ver o filme mas acabou não dando. Então eu não lembrava muito bem de certos detalhes, algumas momentos bem e algumas quotes, mas os menores detalhes estavam me escapando. Ainda assim,conforme ia eu fui relembrando e, uma coisa que tento pôr na minha cabeça nas raras vezes que vejo uma adaptação é, esse filme não é para mim, leitora, é para os outros que veem filme, mas, por algum motivo, A Menina... não senti isso, me pareceu um filme feito para os leitores, um complemento excelente para o livro.

Max, meu segundo personagem favorito, foi excelente, no início não curti muito o ator escolhido, mas devo dizer que ele foi muito bem (ao menos até onde posso dizer já que por onde eu moro, só passam filmes dublados =/) e emocionou. Toda vez que ele aparecia, eu ficava alegre. Rudy, eu nunca fui muito fã, porém achei que o filme deixou a desejar nele, tudo foi rápido e mal explicado com ele (como evidenciado pelo quarteto falador sentados diretamente atrás de mim, onde apenas um havia lido livro e ficava explicando as coisas para o outros três).  De fato, ainda usando o quarteto como referência, muita coisa do filme foi explicada superficialmente, deixando aberto para certas dúvidas. Outro motivo de eu achar que o filme é feito para os fãs leitores.

E temos a Morte, minha personagem favorita (e  ai de quem disser que essa narradora não é personagem). A primeira vista estranhei um pouco a voz masculina, já que sempre imaginei ela mais feminina (e culpo o Mauricio de Sousa), mas, após essa pequena estranheza, adorei sua participação, apesar de querer mais. Sei que filmes muito narrados podem ser chatos, mas os comentários da Morte são algumas das melhores partes no livro e poderia ter tido mais, ainda assim, quando ela ele fala, suas palavras em grande maioria pareceram ter sido tiradas diretamente das folhas do livro, o que foi ótimo.

Chorei em diversas partes, em sua maioria não pelo que acontece, mas pelo que eu sabia que iria. Ainda assim, o final, independente de ter lido o livro ou não, arranca lágrimas de qualquer um. Foi até mais intenso do que o livro porque, por terem mudado algumas coisas, tiveram de colocar ali no fim o que não deu para mostrar antes, então se intensifica tudo. E, para mim pessoalmente, foi ainda mais forte pois foi exatamente como imaginei, é raro acontecer, independente de quão boa é a adaptação, da cena emular tão bem minha imaginação e ali isso aconteceu. Eu fiquei num estado terrível, toda vez que a tela piscava eu desejava que fosse o fim, porque honestamente não estava aguentando mais ver, quando os crédtios começaram nem fiquei para ver se havia alguma coisa e sim sai daquela sala correndo (assustando meus pais no processo que me esperava lá fora). E fiquei num estado muito ruim, de não conseguir falar direito por um bom tempo. Sem dúvida foi um dos filmes mais intensos que já vi, e, apesar de achar que, para quem não leu não será tudo isso, ainda assim acredito ser impossível não se emocionar.

Nota 4/5 + FAVORITO