Talento e paixão.É por isso que assustamos tanto a N.O., não é? É isso que temos que eles não têm. Nós temos esse dom.
Título Original: The Gift
Título Nacional: O Dom
Subtítulo:--
Saga: Bruxos e Bruxas, #2
Resenhas Anteriores da Saga: #1
Autor(a): James Patterson (clique para mais resenhas do autor), Ned Rust
Resenhas Anteriores do Autor:
Editora: Novo Conceito
Páginas: 288
BookTrailer:
Sinopse
O Dom é a continuação de Bruxos e Bruxas, aqui continuamos a ver a luta dos irmãos Wisty e Whit contra a Nova Ordem, um grupo que dominou o mundo e que considera qualquer tipo de arte algo terrível, que treina as pessoas de sua sociedade para agirem de um modo e esse modo apenas. Qualquer criatividade é banida e as crianças temidas e devem ser treinadas. A Nova Ordem é regida pelo Único que é o Único e nesse livro o vemos indo atrás de Wisty e seu dom. O livro é narrado em primeira pessoa, em capítulos curtos, por cada um dos irmãos além de um capítulo aqui e acolá em terceira pessoa mostrando um outro personagem.
Eu realmente adorei o primeiro livro da série, em minha resenha não poupei elogios, acredito até que falei que era o início de uma saga que entraria entre minhas favoritas, mas O Dom mudou isso. Não sei se foi a troca do segundo autor (Em BeB Patterson escreve em conjunto com Gabrielle Charbonnet) ou fato de que o primeiro trás tantas surpresas (afinal há descobertas em cada página, mas sei que é por ser o livro que apresenta aquele mundo), as risadas que diminuíram (o primeiro me trouxe várias gargalhadas, esse alguns risinhos) mas algo mudou, algo se quebrou. Ainda assim, tenho de me lembrar que não estou fazendo um post comparando os dois livros, mas resenhando esse. Então foquemos nesse.
― (...) Talvez ambos sobrevivam, talvez apenas um; provavelmente, nenhum dos dois.
O Dom não tem uma história muito boa. Para começar, jamais fica claro qual é o dom da Wisty que todos parecem admirar tanto. Tem coisas nas entrelinhas, mas ser dito mesmo? Jamais, ou eu que não consegui pegar? De qualquer forma, não me parece um ponto positivo para o livro. Whit também foi um ponto negativo, eu até gostava dele (apesar de preferir sua irmã) mas aqui eu o achei um personagem excruciantemente chato e semi-inútil. Ele tem poucos momentos sozinho – ao contrário de Wisty que faz tanta coisa sem o irmão, o que é alguns dos melhores momentos – e esses momentos são irritantes. Nos momentos que os irmãos estão juntos, excetuando-se passagens em que Wisty está desacordada, não há razão para ser Whit contando. No primeiro livro houve um bom balanço, um equilíbrio, mas em O Dom a estrela e principal é Wisty e pelo final, duvido que o próximo seja diferente, no muito Whit estará ainda mais irrelevante (mas espero estar errada).
Apesar de tudo isso, o livro entrete. Dá para pegá-lo e passar uma boa hora em suas páginas. Não sou muito fã de capítulos curtos, mas aqui eles muitas vezes são feitos muito inteligentemente, e aquele velho mantra de todo leitor voraz (“Só mais um capítulo”) se torna ainda maior pelo fato dos capítulos serem curtos. O livro consegue fazer rir aqui e acolá, e nos mantém curiosos em vários pontos. Ele falha penas em comparação a seu antecessor, mas individualmente, apesar de não ser top, sem dúvida se pode pensar com carinho.
― (...)a todos que se perderam para todo o sempre viajando na imaginação! Perdidos no desejo obsceno de sonhar... e no desejo do conhecimento pelo conhecimento!
Por fim, seu final foi bastante interessante, nós somos mandados de volta ao ponto em que o primeiro livro começou e posso dizer que foi bastante surpreendente, talvez porque por ter visto aquela cena lá no começo, eu criei uma imagem da coisa “óbvia” que aconteceria, e ela se provou falsa, nos fazendo ficar de olhos arregalados e desejando o próximo livro.
Em suma, ainda irei ler a saga, mas estou relativamente decepcionada com esse segundo. Ainda que tenha sido - por todos os critérios que eu possa pensar – uma boa leitura. No fim, apenas parece que a maldição do segundo livro fez mais uma vítima.
Nota 3/5 |
- Alguns errinhos, nada muito sério
- Gosto do estilo dessas capas, e esse tem apenas a Wisty o que é uma boa demonstração do livro em si. Mas esse azul... sei lá, é legal, mas acho que poderia ser melhor.
Que triste isso de O Dom não ser tão bacana. Me lembro bem de sua resenha de Bruxos e Bruxas, eu tinha começado a ler o livro e parei, desmotivada, mas ao ler aqui sua opinião fiquei bem animada, não o li ainda a lista está enorme, mas você me instigou. Porém, O Dom, fiquei jururu =/
ResponderExcluirEnfim, o livro ainda não chegou aqui pra mim, mas fiquei ciente da sua opinião e quando o ler te conto se tive as mesmas impressões.
Beijão
Viviane
Razão e Resenhas