Os Miseráveis

 O que falar desse filme? Uma mistura de algo que amo, com algo que odeio, com algo que não simpatizo e vários atores que gosto. Como eu poderia prever o que sairia disso?

Título Nacional: Os Miseráveis
Título Original: Les Miserables
Lançamento: 1º de Fevereiro de 2013
Dirigido: Tom Hooper
Com: Hugh Jackman, Russell Crowe, Anne Hathaway,...
Gênero:Drama , Musical
Nacionalidade:Reino Unido
Duração: 152 min
Trailer:

Sinopse:

Adaptação de musical da Broadway, que por sua vez foi inspirado em clássica obra do escritor Victor Hugo. A história se passa em plena Revolução Francesa do século XIX. Jean Valjean (Hugh Jackman) rouba um pão para alimentar a irmã mais nova e acaba sendo preso por isso. Solto tempos depois, ele tentará recomeçar sua vida e se redimir. Ao mesmo tempo em que tenta fugir da perseguição do inspetor Javert (Russell Crowe).

Comentei diversas vezes aqui como Os Miseráveis é meu livro favorito e, também, em como eu só li a versão resumo dele. E também que não sou fã de adaptações. Ainda assim, e talvez por causa disso, ao decidir ver esse filme, de quase três horas imaginei, tolamente, admito, que haveria várias partes que eu desconheceria. Isso não aconteceu, nado foi novo, apenas senti falta de partes.

Mas, mais uma vez ao fazer resenha de uma adaptação, tenho de me lembrar que estou resenhando o filme e não fazendo a comparação. Contudo, como filme, bem... a verdade é que eu jamais assistiria. Não sou fã de musicais, espere, isso está errado, não sou fã de adaptações, eu detesto musicais e, apesar do quanto gosto do Hugh Jackman e da Anne Hathaway, não assistiria esse filme se não carregasse um título que tanto prezo.

Não irei mentir, há várias músicas legais no filme, mas muitas vezes, especialmente em diálogos, fica algo cômico, mesmo nas conversas mais sérias, há partes que isso é proposital, mas há partes que não. Outro grande problema em certas canções é quando há vários personagens envolvidos ao mesmo tempo porém com sentimentos diferentes. Então, apesar de suas canções estarem no mesmo tema, tudo fica confuso e embaralhado.

Eu gostaria de falar de quatro atores aqui, especificamente.

Hugh Jackman foi genial, quando me disseram que ele seria Valjean percebi que ele era perfeito para o personagem, e ele foi. Passou as emoções corretamente, minha única queixa é que, em certas canções, sua voz às vezes dava uma afinada que simplesmente não combina com o ator ou o personagem.
O outro ator que também tenho que falar é o Russell Crowe que interpretou Javert. Javert é por si só um personagem complexo. Angustiado. Preso na sua própria visão de justiça, nada do que faz é por mal ou sequer estar errado, mas definitivamente não é certo. Crowe conseguiu passar tudo que o personagem é muito bem.
O terceiro ator que tenho para comentar é o ator mirim que interpretou Gavroche  (ele é irmão de Eponine mas estranhamente isso não foi contado no filme) que foi um dos melhores atores que já vi (não necessariamente mirim), ele foi bem nas canções, nas expressões, tudo.
 O último que quero falar em especifico é o que interpretou Marius. Não gostei dele. Sua cantoria era estranha (parecia fora do ritmo) e ele simplesmente não me agradou de forma geral.

Eu poderia continuar porque realmente a escalação desse filme foi praticamente perfeita. Excetuando-se o ator de Mario, eu adorei todos e achei que pegaram bem o papel.

O filme em si tem um ritmo meio desagradável  Passa rápido demais, não naquele sentido de ser tão bom que você não vê o tempo passar, muito pelo contrário, chequei o tempo muitas vezes, mas no sentido de suas cenas faltarem algo, conteúdo em si, há diversas partes que você fica: "É só isso? Não vai explicar mais nada? Vai deixar por isso mesmo e vai pular diversos anos no futuro?", acho que ficou algo um pouco... vazio. A culpa, acredito, seja das canções. Tudo bem, é um musical, mas acho que certas canções foram excessivas e desnecessariamente longas e definitivamente os diálogos não precisavam ser cantados, isso só atrasou e, como já falei, ridicularizou certas cenas.

E por fim, a última coisa que tenho para falar é: Se eu nunca tivesse lido, eu teria achado o final incoerente, tendo lido, eu o entendi. Não porque eles não explicaram, mas porque eles mudaram algo importante, porém mantiveram o mesmo final, então ficou algo meio sem sentido com o que tínhamos visto (o que me fez ter que ignorar aquilo e lembrar do que li no lugar). Chorei, mas não por causa do Jean Valjean que me foi posto ali (apesar dele em si ter ido muito bem, porém a vazies da história em diversos pontos e a própria a incoerência do final, impediria qualquer emoção), mas por aquele que lembro.

Se você gosta de musicais, esse filme será bom para você. Senão... apenas leia o livro. Mesmo que o resumido.

Nota: 2/5

Agora por fora da resenha,devo dizer que, apesar dos pesares, fiquei morrendo de vontade de reler o livro que perdi ao me mudar. Olhei no Saraiva/Submarino para comprar e ele tem 1200 páginas (mais ou menos) o que é estranho pois o resumo que li tinha cento e poucas páginas e só tem coisa dele no filme, também é estranho porque me lembro de ter visto uma versão com quatrocentas e tantas. Realmente não entendo quantas páginas o livro tem, afinal. Vou tentar me informar melhor.